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Sou colagista, brasileira e desde 2017, vivo entre São Paulo e Madri. Dedico-me especialmente à mixed media e comecei a explorar a colagem analógica em 2019. A psicanálise foi fundamental para que eu assumisse o risco – deixei a rotina de 30 anos no mercado financeiro para me dedicar aos estudos artísticos. Foi assim que troquei o computador por tesouras e pincéis.

Minha formação está embasada em estudos em artes em geral, literatura e psicanálise, além da minha capacidade de observar, investigar e experimentar. A partir disso, aliei duas paixões – a arte e a psicanálise, ambas passíveis de tocar o inefável da existência humana pela representação simbólica e imagética.

Trabalho a partir da intersecção entre estes dois campos, uma articulação desde a perspectiva do incompleto, dos restos, do que escapa ao sentido. O recurso artístico possibilita a expressão da falta e o inexorável da existência. Onde há o limite do verbo, a arte com sua força inventiva abre espaço para novas significações. A chave da minha obra está em minha biografia e nas experiências pessoais, as quais busco reunir e ressignificar, resultando em novas leituras, narrativas singulares e heterogêneas. 

O universo da colagem potencializa a dimensão especular, onde inscreve a quebra da unidade, da continuidade, possibilitando que o detalhe interprete o todo.  Assim, a partir das sobras recortadas, a subjetividade do  espectador se abre para interpretações particulares, novas elaborações e narrativas, que transcendem aquelas que me motivaram a criação.

As mais de 100 obras nasceram da experimentação, da curiosidade, do cotidiano, de um tempo que não é linear, nem progressivo.  Enxergo como potencial material de trabalho, desde uma sacola plástica, uma tela de alumínio, papelão, molas, fotografias, recortes de revistas e jornais, miniaturas de maquetes.  Recicláveis ou não, o lixo, os restos,  descartados ou esquecidos, podem virar arte. A partir desse olhar, de unir o desagregado, surgem novas imagens e novos sentidos 

Nos últimos anos, realizei pesquisas em museus, galerias e contatos com artistas de diversos países (Brasil, Argentina, Chile, México, Estados Unidos, Espanha, Portugal, França, Checoslováquia, Alemanha e Áustria) que foram e continuam sendo, experiências vitais para o desenvolvimento do espírito criativo que procuro refletir nos meus trabalhos.

Tenho formação em Psicologia pelas Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), estudos avançados em Psicanálise no Instituto da Psicanálise Lacaniana (IPLA),  Pós-modernidade – TerraDois – Análise no século XXI, em São Paulo (Brasil) e na Escuela Lacaniana de Psicoanálisis (ELP), em Madri (Espanha). No campo das artes estudei “Cubismo na Cultura Moderna” no Museo Reina Sofia, “História da Arte” no Museu do Prado e “Fotografia” no Cfm Photography Courses em Madrid.

Desde 2020, participo de desafios organizados por comunidades de colagem analógica e digital em que as obras passam por curadoria e são publicadas em mídias sociais e materiais impressos.  No meu primeiro ano de trabalho, tive a colagem “Voyageur” publicada e impressa no Paris Collage Collective Yearbook 2020. 

Nesse mesmo ano, participei de exposições coletivas na Victorios Art Gallery em Miami, Estados Unidos, na Eka Moor Art Gallery em Madri, Espanha. Em 2021, participei da  coletiva virtual La Tetra4 e tive obras publicadas na plataforma Paris Collage Collective. E porque acredito que a arte deve estar em todos os espaços, não só em galerias e nos centros culturais, mas espalhada nas ruas, em cafés ou nas plataformas digitais, aceitei o convite para uma exposição individual na Cozinha do Fred, restaurante em São Paulo, Brasil.   

Presente na vida, a arte é  lugar de liberdade, de abertura e ruptura.

Espero que aqui você encontre histórias sobre si e o mundo.

Sandra Hermoso

Inspirações

"As obras de arte são sempre o produto de um risco que se correu, de uma experiência levada ao extremo, até o ponto em que o homem não pode continuar."

Rainer Maria Rilke,

"Toda arte se caracteriza por um certo modo de organização em torno de um vazio."

Jacques Lacan,

"O olhar [...] sempre procura alguém, alguma coisa."

Roland Barthes,

"...a arte cumpre a função de uma espécie de curativo do vazio, vazio que não cicatriza."

René Passeron,

"São os espectadores que fazem os quadros."

Marcel Duchamp,

"Junto pedaços e faço uma interpretação do que está acontecendo no nosso tempo."

Sandra Hermoso,